Como uma lâmina
Que corta a garganta
Ergo a flâmula
De minha paixão santa
Tento calar a dor
Estancar o sangramento
Mas como ondas no Arpoador
Eu sempre me rebento
E pergunto
Ama ou não?
E peço
Me devolva meu coração
Ou esse amor eu cesso
E parto como defunto
Ó mãos fúnebres
Da cega justiça
Que impiedosamente
Fez-se em minha carne
Lancem-me ao chão
Queimem minhas roupas
E em gesto de esplendor
Baixem a guilhotina
Passe em meus olhos
Mais claros que antes
Pelas lágrimas já vertidas
Minha vaga e efêmera vida
De sonhos eróticos
Em deleite noturno
No calor de minha cama
Afago de meu quarto
Aos prantos inóspitos
Na primavera de meu ser
Em pontes desertas
Eu e a heresia
Eu, fiel sacerdote do prazer
Pregador da felicidade
Pequei ao ser infeliz
Querendo amar o proibido
Aa indulgências acabaram
Desde os tempos da Reforma
Agora bruxas são mo
Morto
Completamente morto
Já decomposto
Vermes a caminhar
Em busca de sustento
De tão vívido defunto
Vívido e novo
Ainda sem cheiro
Sem intimidade à terra
Cruzes e flores
Prantos e velas
Frente a um negro caixão
Na igrejinha
Com amigos e familiares
Ainda sem entender
Sangue escorrendo
Olhar assustado
De quem vê uma arma
Mãos trêmulas
Som forte
Disparo tão demorado
Arma encontrada
Cristais quebrados
Um olhar de ódio
Corrida pela cidade
Casa tão longe
Memórias tão perto
Lábios em toque
Olhar assustado
Ouvido em arrependimento
Ela está lá
Com outro ho
Certa vez ouvi de um amigo
Que ele queria escrever um poema
Mas não sabia como começar
Mandei ele começar com uma mentira
Como essa que acabei de inventar
Depois crie um tema
Desses padrão, caro amigo
Morte, sociedade, Deus ou mulheres
Mas mantenha a mentira
Convencer é o que queres
Agora já pode sonhar
E falar de coisas abstratas
A massa aqui lê no automático
Sem entender
Mas achar culto e catedrático
Aliás, coloque palvras belas
Mesmo que não façam sentido no texto
Pra parecer ainda mais refinado
Agradar às elites
Em coletâneas ser publicado
Coloque frases sem sentido
Esperam pouco de mim
Que eu durma às vinte e duas
Acorde por volta das seis
Saia pra correr na praia
Volte e tome banho
Me arrume e saia
Entre no trabalho às oito
E fique monótono e vivo
Até por volta do meio dia
Com sorte, tenho duas horas
Pra almoçar com gente do trabalho
Pra falar do trabalho
Volte ao escritório às quatorze
E continue a sofrer por mais quatro
Saia às dezoito, com o sol se pondo
Ouça um programa de rádio
Daqueles de fim de tarde
Que fazem sua vida parecer melhor
E te lembram sua adolescência
Esperam que eu beba
Beber é consumir
Ao menos uma cerveja
E volte pra casa
Quero que a noite
Em seu mais profundo amar
De súbito revele
Sob os mais sujos trapos
Já rasgados pelo desejo
Ainda pura, tua pele
E que sobre ela eu caminhe
Com ares de descobridor
Em busca dos teus rincões
Rincões de sentir
Rincões de amar
Virginais e quiméricos para bufões
E que eu os profane
Em glória e resplendor
Nos atos mais selvagens
Ironizando a História
Do civilizado dominante
A destruir intocadas paisagens
Entre braços e pernas
Gritos e dor
Nosso Carnaval
Feito em dia pagão
Pra não blasfemar
O Santo de luz e sal
Sob as batidas
Em disritmia
De um velho tambor
Tambor do
No emaranhado de emoções
Que tem sido te amar
Achei prazer em tudo
No viver e no sonhar
O teu beijo me envolve
Teu abraço me aquece
Em teu corpo, tuas curvas
Meu destino se tece
Desde o mais simples sorriso
Ao mais profundo tocar
Sinto tua pele, vejo teu brilho
E me deixo a me encantar
Assim, feliz, caminho
Entre gozos e cantorias
Te procurando ao meu lado
Onde sempre sonhei que estarias
Poemas perdidos
Entre pedras
Lágrimas
E aquele olhar torto
Que ela lança
Da outra mesa
Ela diz que te odeia
Mas se amam
Ela diz que te ama
Mas se odeiam
Enquanto outros
Não entendem
Poemas lançados
No vendaval
Voaram
Jogados na rua
Molharam
Ela passou
Eu fiquei
Agora
Todos os poemas
Se apagaram
E todos os nomes
Mudaram
Mas as pessoas
Não vêem
Meu santo cobrou promessa
Eu não sei se vou cumprir
Pedi meu amor de volta
Ele veio, mas depois perdi
No morro tem uma velha
Ela diz que é benzedeira
Nunca vi curar quebranto
Pra mim não passa de parteira
Padre falou que é errado
Falar dos santos pretos
Tô nem aí pro padre
No terreiro eu me meto
Ouvi tambor de congo
Logo dancei feliz
Puxei minha morena
Dei o beijo que eu quis
Saia rodada e florida
Boa para levantar
Joga morena no mato
Que ela pede pra amar
Samba só no morro
E congo na baixada
Deixa o forró pro povo
Que vem da sertãozada
Aqui eu vou fechando
Minha viagem musical
O povo brasile
Como uma lâmina
Que corta a garganta
Ergo a flâmula
De minha paixão santa
Tento calar a dor
Estancar o sangramento
Mas como ondas no Arpoador
Eu sempre me rebento
E pergunto
Ama ou não?
E peço
Me devolva meu coração
Ou esse amor eu cesso
E parto como defunto
Ó mãos fúnebres
Da cega justiça
Que impiedosamente
Fez-se em minha carne
Lancem-me ao chão
Queimem minhas roupas
E em gesto de esplendor
Baixem a guilhotina
Passe em meus olhos
Mais claros que antes
Pelas lágrimas já vertidas
Minha vaga e efêmera vida
De sonhos eróticos
Em deleite noturno
No calor de minha cama
Afago de meu quarto
Aos prantos inóspitos
Na primavera de meu ser
Em pontes desertas
Eu e a heresia
Eu, fiel sacerdote do prazer
Pregador da felicidade
Pequei ao ser infeliz
Querendo amar o proibido
Aa indulgências acabaram
Desde os tempos da Reforma
Agora bruxas são mo
Morto
Completamente morto
Já decomposto
Vermes a caminhar
Em busca de sustento
De tão vívido defunto
Vívido e novo
Ainda sem cheiro
Sem intimidade à terra
Cruzes e flores
Prantos e velas
Frente a um negro caixão
Na igrejinha
Com amigos e familiares
Ainda sem entender
Sangue escorrendo
Olhar assustado
De quem vê uma arma
Mãos trêmulas
Som forte
Disparo tão demorado
Arma encontrada
Cristais quebrados
Um olhar de ódio
Corrida pela cidade
Casa tão longe
Memórias tão perto
Lábios em toque
Olhar assustado
Ouvido em arrependimento
Ela está lá
Com outro ho
Certa vez ouvi de um amigo
Que ele queria escrever um poema
Mas não sabia como começar
Mandei ele começar com uma mentira
Como essa que acabei de inventar
Depois crie um tema
Desses padrão, caro amigo
Morte, sociedade, Deus ou mulheres
Mas mantenha a mentira
Convencer é o que queres
Agora já pode sonhar
E falar de coisas abstratas
A massa aqui lê no automático
Sem entender
Mas achar culto e catedrático
Aliás, coloque palvras belas
Mesmo que não façam sentido no texto
Pra parecer ainda mais refinado
Agradar às elites
Em coletâneas ser publicado
Coloque frases sem sentido
Esperam pouco de mim
Que eu durma às vinte e duas
Acorde por volta das seis
Saia pra correr na praia
Volte e tome banho
Me arrume e saia
Entre no trabalho às oito
E fique monótono e vivo
Até por volta do meio dia
Com sorte, tenho duas horas
Pra almoçar com gente do trabalho
Pra falar do trabalho
Volte ao escritório às quatorze
E continue a sofrer por mais quatro
Saia às dezoito, com o sol se pondo
Ouça um programa de rádio
Daqueles de fim de tarde
Que fazem sua vida parecer melhor
E te lembram sua adolescência
Esperam que eu beba
Beber é consumir
Ao menos uma cerveja
E volte pra casa
Quero que a noite
Em seu mais profundo amar
De súbito revele
Sob os mais sujos trapos
Já rasgados pelo desejo
Ainda pura, tua pele
E que sobre ela eu caminhe
Com ares de descobridor
Em busca dos teus rincões
Rincões de sentir
Rincões de amar
Virginais e quiméricos para bufões
E que eu os profane
Em glória e resplendor
Nos atos mais selvagens
Ironizando a História
Do civilizado dominante
A destruir intocadas paisagens
Entre braços e pernas
Gritos e dor
Nosso Carnaval
Feito em dia pagão
Pra não blasfemar
O Santo de luz e sal
Sob as batidas
Em disritmia
De um velho tambor
Tambor do
No emaranhado de emoções
Que tem sido te amar
Achei prazer em tudo
No viver e no sonhar
O teu beijo me envolve
Teu abraço me aquece
Em teu corpo, tuas curvas
Meu destino se tece
Desde o mais simples sorriso
Ao mais profundo tocar
Sinto tua pele, vejo teu brilho
E me deixo a me encantar
Assim, feliz, caminho
Entre gozos e cantorias
Te procurando ao meu lado
Onde sempre sonhei que estarias
Poemas perdidos
Entre pedras
Lágrimas
E aquele olhar torto
Que ela lança
Da outra mesa
Ela diz que te odeia
Mas se amam
Ela diz que te ama
Mas se odeiam
Enquanto outros
Não entendem
Poemas lançados
No vendaval
Voaram
Jogados na rua
Molharam
Ela passou
Eu fiquei
Agora
Todos os poemas
Se apagaram
E todos os nomes
Mudaram
Mas as pessoas
Não vêem
Meu santo cobrou promessa
Eu não sei se vou cumprir
Pedi meu amor de volta
Ele veio, mas depois perdi
No morro tem uma velha
Ela diz que é benzedeira
Nunca vi curar quebranto
Pra mim não passa de parteira
Padre falou que é errado
Falar dos santos pretos
Tô nem aí pro padre
No terreiro eu me meto
Ouvi tambor de congo
Logo dancei feliz
Puxei minha morena
Dei o beijo que eu quis
Saia rodada e florida
Boa para levantar
Joga morena no mato
Que ela pede pra amar
Samba só no morro
E congo na baixada
Deixa o forró pro povo
Que vem da sertãozada
Aqui eu vou fechando
Minha viagem musical
O povo brasile
words like nicotine patches (i'm addicted) by Khaimin, literature
Literature
words like nicotine patches (i'm addicted)
if you've ever wondered
why poets say you instead
of i it's because we're completely terrified
of facing how empty we are
inside
(we are sand turned to glass,
falling through cracks
in the back of the world
i've forgotten how it feels to be alive)
Lá nas estrelas procuro,
O brilho dos teus olhos e curo,
A saudade impetuosa e o puro,
Amor pleno, vasto e conjuro,
A plenitude do nosso futuro,
Nesse anoitecer fosco e escuro,
O meu caminhar em ti seguro...
O calor a propagar,
O pulsar vibrante,
O pálido sono...
A falta de ar,
A mordida leve,
Noite fria efervescida,
O gemido a exalar,
o atrito involuntário,
Um suspiro agudo,
Arritmia a desequilibrar.
Depression isn’t true, my dear
Depression isn’t real.
It’s just a silly tragedy
You’ve forced yourself to feel.
Anxiety is fake, my friend
You wonder why it’s there.
But others have it worse than you!
Stop forming false despair.
Cutting is dramatic, love,
It’s ugly, and it’s dumb.
Why not just get over it?
Is the attention fun?
Suicide is stupid, dear,
And selfish, if I may.
Get over yourself, darling,
Can you hear these things I say?
Why aren’t you replying, love?
Oh, where could you have gone?
I never meant to hurt you, love,
Did I say something wrong?
Why aren’t you replying, dear
Depression is a choice, my dear,
And happiness the same
You choose this illness, don’t you?
What a tragic little game.
Depression is an option, love
Just get up out of bed
Take your tears and worries
And just smile now instead.
Depression is a choice, you see,
And so is suicide.
Just sit back, kick your feet up, dear
Enjoy this perfect ride.
Get over your own standards
Of what everyone should be.
Just smile for once, and maybe
You’ll be living perfectly.
...
But...
Depression is an illness
That we feel so deep within.
Why would anybody choose
To write poetry on their skin?
Unless there lies a reason, dear,
I would not choo
Meu santo cobrou promessa
Eu não sei se vou cumprir
Pedi meu amor de volta
Ele veio, mas depois perdi
No morro tem uma velha
Ela diz que é benzedeira
Nunca vi curar quebranto
Pra mim não passa de parteira
Padre falou que é errado
Falar dos santos pretos
Tô nem aí pro padre
No terreiro eu me meto
Ouvi tambor de congo
Logo dancei feliz
Puxei minha morena
Dei o beijo que eu quis
Saia rodada e florida
Boa para levantar
Joga morena no mato
Que ela pede pra amar
Samba só no morro
E congo na baixada
Deixa o forró pro povo
Que vem da sertãozada
Aqui eu vou fechando
Minha viagem musical
O povo brasile
Eu já reclamei aqui dos ciclos. E agora se fecha um. Ano Novo. Que bonito. Será mesmo novo? Todos os dias são iguais no calendário, só muda um numerozinho. Troca-se um quatro por um cinco. Grande diferença.Tudo apenas se repete. E nem é uma data tão legal. Prefiro datas com memórias a datas com "obrigações". Prefiro ser feliz lembrando o primeiro beijo a TER que beijar no Ano Novo. Mas eu escolhi morar em sociedade. Agora é aceitar. E ponto.
Mas se tenho que passar por isso, que seja feliz e com vocês/eles/elas/nós/vós/ele/ela/eu/com quem for.
Um abra